O ciclo do mel - A cresta
As abelhas fazem o mel com o fim do mesmo ser para alimentação da colmeia, mas não têm limite, enquanto existirem flores continuam a recolher néctar e polén e as abelhas engenheiras a fabricar mel com esse néctar em conjunto com a produção de enzimas. Assim, o mel dá para a sua alimentação e para lhe ser retirado uma grande parte na cresta.
Nos finais da Primavera, nos últimos dias do mês de Maio, ou primeiros dias do mês de Junho, já a principal flor dos campos de Capelins estava em decadência, a flor do rosmaninho e com as colmeias cheias de mel, estava no tempo de fazer a cresta, colheita do mel das colmeias. Alguns dias antes, o apicultor vestia a proteção contra as picadas das abelhas e no apiário (colmeal), abria duas ou três colmeias para confirmar se o mel estava maduro, em condições de fazer a cresta, se os alvéolos dos favos se encontrassem fechados, era o sinal que se podia fazer a cresta. No dia da cresta, muito cedo, o mínimo de pessoas possível, para não enfurecer as abelhas, abriam as colmeias, sempre com fumo para afugentar as abelhas e tiravam os favos para alguidares, deixando na colmeia (cortiços) algum mel, o suficiente para o enxame se alimentar durante o inverno!
Os favos eram levados para um compartimento para se proceder à extração do mel, os quais eram colocados virados para baixo, suspensos em varas para o mel escorrer para os alguidares, por fim, eram espremidos à mão para sair o mel restante e a partir dos restos ainda faziam água mel e a respetiva cêra!
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