O ciclo do queijo III
Quando o leite já estava coalhado, tinham de se meter as mãos à obra, ou seja fazer os queijos. A "coalhada" tirada das panelas era despejada na queijeira, uma mesa retangular com resguardos laterais e um estreitamento acentuado numa das extremidades por onde escorria o "soro" do leite para dentro de um alguidar para seguidamente se fazer o almece. A "coalhada" era colocada com alguma pressão em pequenas quantidades dentro dos cinchos (formas), depois os queijos eram bem salgados e ficavam com o cincho até ao dia seguinte. Já no processo da cura (seca do queijo) a qual era uma tarefa muito exigente em trabalho e higiene, porque tinham de dar volta aos milhares de queijos todos os dias, virar, manualmente, o lado de cima para baixo e verificar se existia alguma anomalia causada pelos pequeninos mosquitos que podiam depositar ovos e estragar o queijo, por isso, tinham de estar bem limpos e salgados, continuando esse trabalho cerca de dois a três meses, ficando, então em boas condições para serem consumidos.
Os queijos eram vendidos aos quarteirões, (quantidades de 25) e acondicionados de várias formas (debaixo de sal, em panelas com azeite e outros segredos) para abastecer a casa (fundamental nas merendas dos Capelinenses) durante todo o ano!
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